Ela jogou suas coisas no chão, sentou no meio fio e descansou sua cabeça pesada nas mãos. A confusão embaralhando os sentimentos por completo e o que antes era claro tornou-se surreal. Todos os esforços de ser melhor não se justificaram. Não existe o melhor e o pior, nem o belo nem o feio... Entretanto as transformações foram concebidas como necessárias.

Não o são.

(nem talvez, nem porque. Simplesmente NÃO)

Libertou-se então do peso da sua mediocridade.
Sorriu para ele quando a abraçou. Sentiu o calor dele mesmo no frio, mesmo na lajota, mesmo através de blusas de lã...

A você, dedico tudo que eu tenho...

Obrigada.

antropofagia

Apesar dos fracassos, os sorrisos surgem de imediato. Alegro-me a pensar em todos os erros que cometi e quanto eles podem me levar a um maior conhecimento. E o som do despertador não é tão ruim, quando sei que vou caminhar em direção a algo que me construa, liberte e emocione...

Ah, se um dia estas coisas acabarem...
Ah, como será viver em ignorância?

Depois de tantos gritos

Histeria.
Graves.
Tons.
Agudos.

Gritos melódicos.
Escuro.


Vivendo assim resta-me o descansar, pensar e espreguiçar.
Quando me pergunto o quanto devo considerar, logo apago-me na música...
Quanta luta eu faço, se o ato por si, é ignorado?
Fico atônita, resta-me a histeria destes dias,
pesadelos,
pesadelos,
pesadelos,
aflições...


Seus braços.
Seus lábios.
Meu ninho.
Descansar.
Pensar.
Espreguiçar.
Amar...
A cama quente é você.

Tonta aqui, minguando os segundos...

Pois quando penso em alcançar algo final, penso em você...

...