estou a falar irremediavelmente de você,
logo de você que não me bebeu,
não me comeu, nem sequer me tocou,
e se bem lembro,
arrastou-se ao meu lado
louco para me devorar
mas foi embora.
eu não gosto de você
nem sei quem você é.
vejo que atravessas a rua na minha presença,
dizem que é melhor assim.
Não tenho medo de ti
você, que ataca a todos,
a mim esquece.
Faz-me toda noite pensar nas dores que causas
nas felicidades que plantas
sou ossos e orgãos
e você pode ser o sangue
a mente, o arrepio,
e por enquanto
continuo sendo concreta
quarta-feira
O espaço entre o 'se' e o 'feito' é grande demais para nós.
Enquanto deixamos coisas ao léu, meu coração berra por mais
Você a olhar-me no estilo raio-x,
falando das mil coisas que me condenas
e como num jogo
te deixo ganhar
influencio seu ego já tão alterado,
Assim crio o silencio
você a gritar e eu a te gostar.
Enquanto deixamos coisas ao léu, meu coração berra por mais
Você a olhar-me no estilo raio-x,
falando das mil coisas que me condenas
e como num jogo
te deixo ganhar
influencio seu ego já tão alterado,
Assim crio o silencio
você a gritar e eu a te gostar.
quinta-feira
terça-feira
Fervor
A pura dor do saber do passado
Entender que o futuro já está óbvio
O frio na barriga
embalando e desmistificando
Sou nua quando vejo sentimentos
ao redor, ou aqui
E o fervor
arrepia-me a espinha
Entender que o futuro já está óbvio
O frio na barriga
embalando e desmistificando
Sou nua quando vejo sentimentos
ao redor, ou aqui
E o fervor
arrepia-me a espinha
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