segunda-feira

RASCUNHO

Estas frases estão perdidas para sempre. A escrita é por si só, falida. É uma mentira tudo que escrevo. Nada dela desdobram-se: os sentimentos, acontecimentos, dia-a-dia, pensamentos e resoluções. Ah... A ficção...

Como encantam-me estes entre meios das palavras, as metáforas mal feitas e as linhas escancaradas em desdobramentos... Contentamento contemporâneo? Fracasso literário? Ah, Tezza, me diga, o que sou eu? Torno-me o Trapo? Ou faz-me a verdade das suas frases? Mas, então, acabo por aqui.

Mas as linhas... não! Logo dignifico-me em esforços por linhas... Ou seriam expressões? Tenho algo para exprimir? Se estou acabada ali, aqui sou o quê? A psicanálise está me latejando agora, a voz dela... Ela diz: O que seria você? Os seus primeiros atos ou o a sua dita mudança...? AQUELA PERGUNTA QUE PAIRA ATÉ HOJE!

Rascunho inútil todos os pensamentos... Agora que a minha letra cala. Ela não mais significa a raiva, decepção ou felicidade... Ela é. Sozinha, sai dos meus dedos direto para a tela latejante... E ali fica. SOFTWARE. A um passo de ser apagada... A um segundo de exprimir algo, mas ainda, o meio...



 

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